Após duas visitas marcadas e canceladas de última hora, Clélio Campolina, o atual reitor da UFMG se reuniou com os alunos da EBA - Escola de Belas Artes, na última sexta-feira 13/05, para discutir as questões relacionadas à estrutura da escola. Os alunos reivindicavam pelo fato de a estrutura dos cursos estar precária: a cada ano que passa, abrem-se mais cursos de gradução, mas não cria-se a estrutra necessária para receber os alunos. Não há salas para todos. O prédio prometido para o curso de Dança não foi construído, este ano já entra a terceira turma e o Teatro está precisando dividir o seu espaço, que já é pouco. Alunos da Moda tem tido que fazer aula em galpões da Antônio Carlos e não há galeria suficiente para os alunos de Artes Plásticas.
A posição do reitor não foi muito animadora. Segundo Campolina, não há verba e a previsão para começar a pensar em uma possível reestruturação é 2012. Ainda afirmou que não entende nada de arte, aprecia, mas não entende sobre as especifícidades necessárias ao bom andamento dos cursos.
O fato é que existe uma forte desigualdade na distribuição de verba dentro da universidade. Enquanto cursos como a Engenharia recebem muito e gozam de uma estrutura satisfatória, os cursos de Artes se encontram nessa situação. Segundo Clélio, isso se deve ao fato de haver mais alunos na Engenharia. Mas vale se perguntar algumas coisas: Isso é justo? Essa é a única razão? Sabemos que a arte ainda é muito descriminada na sociedade em geral. Qual a importância da arte? E a universidade nesse contexto? É reflexo dessa sociedade ou um exemplo para a mesma?
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